domingo, 13 de janeiro de 2008

Rotundas I.

As nossas rotundas são espaços verdes maravilhosamente bem cuidados. As árvores e os canteiros de flores são podados com porfia e regularidade. A relva apresenta um aspecto francamente melhor do que a de muitos estádios de futebol da 1ª liga. Quando me apetece apanhar um pouco de sol deitado numa relva verdinha e bem cuidada, ou quando me apetece ir com os putos jogar rugby para uma relva fofinha vou para a rotunda que fica defronte a minha casa. As nossas rotundas, devem ser o orgulho do ministério do ambiente. A protecção das espécies vegetais e animais está garantida nas rotundas. Ali não é permitido cortar árvores, colher flores ou caçar. Por exemplo, nunca vi nenhum caçador numa rotunda a atirar às raposas, embora isso seja cada vez mais frequente fora delas. Também nunca vi caçadores a dispararem contras os peixes dos lagos das rotundas, mas já vi, juro que já vi, caçadores, que há falta de melhor, disparavam para as carpas e barbos numa barragem. Além disso, o estado não permite que as suiniculturas despejem os dejectos para os lagos das rotundas. As nossas rotundas davam bonitos parques de campismo. Como as rotundas são geralmente pequenas, e para se evitar a sobrelotação, criava-se um parque de campismo por rotunda. Agora estão na moda os passeios pedestres em ambiente natural, áreas protegidas, etc. Como estas zonas estão longe dos centros urbanos, poder-se-ia começar a organizar caminhadas pelas rotundas de Portugal. Algumas rotundas tem piscinas e repuxos de água onde nos podemos banhar e lindas obras de arte para fruir. Veja-se o exemplo da rotunda que é o ex-libris de Portalegre. Só aquela rotunda dava para organizar o campeonato mundial de triatlo. Para relaxar, gosto de ir tirar fotografias aos seres vivos nas rotundas e aprecio especialmente fotografar os besouros. Convido-os a desfrutarem do prazer da vida no campo, por exemplo, organizando um pic-nic com a família na rotunda mais próxima de casa.

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